Com um repertório de blues, heavy metal e rock progressivo e clássico, a banda Glass Rock se apresenta, pela primeira vez, neste sábado, na Audio Rebel, em Botafogo. Durante o show, o grupo - formado por Demétrius Medrado, Ric Pastore, Giovanni Pastore, Alvaro Goulart e Daniel Fleming - tocará releituras de clássicas bandas do rock, como Pink Floyd e Led Zeppelin. Em entrevista ao "Informa de Disco", os integrantes da banda explicaram como vai ser a primeira apresentação da Glass Rock.
1) Qual é a importância do primeiro show para a banda? Qual será o repertório do setlist? Quantas horas de show?
Demétrius: Não me simpatizo muito com esse "rótulo" de primeiro show, pois além de eu, particularmente, já ter feito diversos shows com outras bandas, nós da Glass Rock já fizemos um ensaio aberto, o que não deixou de contar como um show. Mas, esse é especial pois vai nos permitir mostrar o nosso trabalho artístico para um número maior de pessoas, dentre as quais muita gente que já vinham nos cobrando por um show, já há muito tempo. Além disso, eu adoro me apresentar. Adoro fazer shows. Se dependesse de mim, eu viveria disso a vida inteira. É uma sensação maravilhosa. O setlist será aquele que nós já vínhamos ensaiando e já apresentamos no ensaio aberto, com menos duas músicas - nossas composições próprias - a Drácula e a Glass Metal, que ainda não estão 100% prontas.
Ric Pastore: Considero também o ensaio aberto que fizemos em maio como o nosso primeiro show, talvez um pouco mais intimista por causa das poucas pessoas que foram convidadas. O show que estamos preparando está cheio de expectativa, pois as pessoas próximas e que não estiveram presentes no ensaio aberto, sempre perguntam onde nós tocamos e ficamos sem resposta. É sem dúvida uma grande responsabilidade em mostrar o nosso trabalho para essas pessoas que nunca nos viram em ação.
2) Por causa do show, vocês estão ensaiando mais? Quando? Naquele mesmo estúdio que eu fui?
Demétrius: Nós até gostaríamos de ensaiar mais em função do show, mas como somos uma banda amadora, as nossas profissões e a nossa vida familiar vem em primeiro lugar e nem estamos ensaiando tanto assim. Temos apenas mais dois ensaios antes do show. Um no próximo domingo e o outro na quinta-feira, dois dias antes do show. Porém, estamos muito mais focados e ensaiando detalhadamente com o objetivo de fazer um bom espetáculo. Temos ensaiado sempre no Estúdio Vila Musical Maracanã, na Rua Jequibá, pertinho da minha casa, o que, diga-se de passagem, é ótimo! Até porque, além de ser perto de casa, trata-se do primeiro estúdio que ensaiei na minha vida, há vinte e nove anos. Lá foi reformado e tem uma sala espetacular.
Ric Pastore: Sim, mas seria muito interessante ter podido ensaiar mais, inclusive trabalhando mais as nossas músicas autorais. A proximidade e a qualidade do Vila Musical Maracanã são fatores que concorrem para que continuemos ensaiando nesse estúdio.
3) Por que a escolha da Audio Rebel, em Botafogo? Vocês já frequentavam a casa? Quantos ingressos estão disponíveis? Como as pessoas podem comprar os ingressos?
Demétrius: Não houve nada de especial na escolha da Audio Rebel como local de nosso show. Apenas porque lá não há distinção quanto os artistas que se apresentam ao contrário de muitos outros locais que fazem bastante exigência. A Audio Rebel trata-se de um local bem underground que abre espaço para bandas alternativas. Eles alugam o espaço por um preço, já com toda a infraestrutura e tinham uma data vaga para o dia do show, mais ou menos quando nós queríamos. Eu já me apresentei lá por umas três vezes e foram três bons shows. Além do espaço para shows, eles também possuem uma sala de ensaio (onde já ensaiei algumas vezes - uma com a Glass Rock), uma sala de gravação e uma lojinha de CDs, camisetas e "apetrechos" roqueiros.
Ric Pastore: A vida de músico no Brasil é muito complicada, além do mais de uma banda amadora. As casas cobram um alto preço pelo aluguel do espaço, às vezes nos deparamos com “produtores” que intermediam o contato entre a banda e a casa com altos valores. Enfim, a Audio Rebel surgiu como uma possibilidade mais real em termos financeiros, além de ser um local voltado para shows de Rock.
Giovanni Pastore: No Audio Rebel cabem 90 pessoas, então, a gente combinou que cada integrante teria 10 ingressos antecipados pra vender, porque assim cada um poderia garantir que os familiares e os amigos que mais cobraram não ficassem de fora do show. Sobrariam 40 ingressos para as pessoas que só quisessem/decidissem pagar na hora.
4) Vocês pretendem se apresentar em outros lugares da cidade? Quais? Já tem data?
Demétrius: Ainda vamos decidir sobre isso. Caso decidamos nos apresentar novamente, existem casas na Lapa, como o Rio Rock & Blues; na Tijuca, como o Calabouço e num lugar bem, mas bem underground, na Praça da Bandeira, o Heavy Duty. Ou seja, lugares que aceitam apresentações de bandas como a nossa. Porém, existe uma peculiaridade com as bandas que tem um perfil como o nosso que é a inatividade entre os meses de Janeiro e Fevereiro, em função do Carnaval. Nesse período, principalmente, no Rio de Janeiro, só rola samba!
Ric Pastore: Penso que poderíamos fazer pelo menos duas apresentações em 2015, e de preferência com um novo setlist incluindo as nossas músicas autorais que ainda não ficaram prontas e releituras de outros clássicos do Rock. Quanto aos locais, acho que esse show do Audio Rebel pode nos levar a procurar outros espaços, dependendo da repercussão que obtivermos.
5) E o CD? Vocês já estão pensando em gravar algo?
Demétrius: No período do Carnaval, não gravaríamos um CD, mas sim essas músicas e ensaiaríamos para um novo show variando o setlist, com novos covers e novas composições próprias da banda, como a "Drácula", "Glass Metal" (que pode deixar de ser instrumental e passar a ter letra) e uma música que compus logo no início da banda, mas que não foi a frente, chamada "Menina, Garota, Mulher"!
.jpg)
.jpg)
