segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

De olho nos problemas sociais do país

Músicas com um teor de crítica a problemas sociais do Brasil. É com essa característica que a banda Direito de Defesa se apresenta em festivais e em casas de shows no Rio de Janeiro. Criado no fim da década de 1990, o grupo é formado atualmente por quatro integrantes: o vocalista Marcos Rhamirez, o guitarrista Alexander Xavier, o baixista Claudio Bitar e o baterista Walter Alpper. Entre as principais influências da banda estão Iron Maiden, Metallica, Raimundos e Titãs. 


Além dos shows, a Direito de Defesa já lançou um demo, o "Sem Pátria e Sem Patrão", e dois CDs, o "Bala Perdida" e o "Na Cara Deles". Em entrevista ao Informa de Disco, os músicos contaram a história de formação da banda.

1) Como a banda foi criada?

Marcos: Eu morava na Tijuca, Walter e Jorge Kamael, o primeiro guitarrista, no Rio Comprido, e o Cris Saman, primeiro baixista, em Ramos. Em meados de 1996, nos conhecemos por meio de um amigo em comum. Me lembro de ir muito ao Garage, de ficar vendo todas aquelas bandas e, então, coloquei na minha cabeça que iria formar minha própria banda. Formamos a Direito de Defesa e começamos a tocas em todos os buracos do Rio de Janeiro.

2) Por que o nome Direito de Defesa?

Marcos: Acredito que somos julgados em outro plano fora desse que vivemos. Falo isso pela minha experiência de vida. Acho que só estamos cumprindo algo. E foi assim que surgiu o nome da banda. Então, acredito que esse nome seja uma resposta às coisas erradas que vemos em relação às questões sociais no país.

3) Claudio entrou recentemente na banda. Como foi isso?

Claudio: Anteriormente, tinham chamado um ex-baixista da banda para retornar. Ele recusou, alegando falta de tempo para se dedicar, pois estava tocando em outro grupo. Pediram, ent ão, uma indicação para ele. Mas, sem nenhum nome em mente, em perguntou a um amigo em comum comigo, e ele me indicou.

4) Quem compõe as músicas da banda? Em quem vocês se inspiram?

Marcos: Eu componho as músicas, mas não que os outros não possam fazer isso. Sinto que eles não esquentam muito a cabeça quando o assunto é compor. Sempre tive essa responsabilidade. As outras influências da banda são: Titãs, Metallica, Paralamas do Sucesso, entre outras.

Claudio: Na minha maneira de tocar, sou influenciado por Cro-Mags e Bloodclot.

5) Por que tratar de assuntos de crítica social? Quais músicas vocês destacariam?

Walter: Essas questões combinam com o que ocorre no Brasil. Todas as injustiças, a corrupção e a impunidade, como nas músicas "Pega-ladrão", "Bala Perdida" e "O Que se Planta Dá".

Marcos: Só podemos falar daquilo que vivenciamos, então estou apto para falar sobre tudo o que vemos de errado no país, mas sempre de forma construtiva.

6) Quais foram os dois festivais de banda independente que vocês já participaram? E vocês já ganharam alguns prêmios, certo? Qual a importância dos prêmios?

Marcos: Participamos dos festivais Todas as Tribos, Black Night, Garage, Grito Rock, Rock na Lapa, Projeto Sem Fama e Espaço Construção. Nunca ligamos muito para os concurso, somos uma banda underground. Lembro de termos ganhado o Tô Sem Banda, em 2006. Sobre os prêmios, não sabemos. Não tivemos conhecimento do real feedback, pois não chegou até a gente o número de pessoas que passaram a conhecer nosso som depois disso.

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